Terça, 20 de junho de 2006, 16h34
O evento aconteceu na noite desta segunda-feira (19/06) na Capela do Bairro São Roque. A realização de audiência pública é uma exigência da Fatma para aprovação da obra que deve começar em julho.
A presença da comunidade e de representantes de entidades públicas e privadas garantiu o objetivo da audiência. Durante três horas técnicos, o diretor do Semasa e o Prefeito Volnei Morastoni expuseram a situação da salinidade e a solução para o problema; uma barragem de contenção da cunha salina, além de responder as perguntas do público. A obra que deve custar cerca de R$ 4 milhões e 500 mil tira definitivamente Itajaí e Navegantes da posição de refém deste fenômeno natural, agravado pela estiagem que assola toda a região sul do país.
Na primeira parte o diretor geral do Semasa, Marcelo Sodré tentou tranqüilizar os moradores sobre a preocupação de possíveis impactos da barragem. “Não é possível comparar uma obra feita pela antiga administração com troncos de eucalipto, de forma rudimentar com uma obra de engenharia assinada por profissionais renomados no assunto”, destaca Sodré garantindo ainda a responsabilidade por danos que porventura venham a ser causados pela barragem aos agricultores. A obra irá contar com tecnologia holandesa.
Em seguida os presentes acompanharam a fala do procurador do Ibama, Genésio Nolli. “Faço aqui um apelo aos presentes: que participem e que assumam também a responsabilidade pelo problema da água. Nós, dos órgãos ambientais estamos atentos ao projeto, fazendo as definições necessárias para que não haja prejuízos futuros”, completa Nolli. O prefeito Volnei Morastoni aproveitou a fala do procurador para se comprometer diante dos presentes. “Mais do que um papel assinado, empenho aqui a minha palavra de que não nos omitiremos em arcar com possíveis danos. Peço um voto de confiança para que terminemos o mais rápido possível esta barragem, resolvendo com isso um problema de décadas que atinge cerca de 200 mil pessoas entre Itajaí e Navegantes”, conclui Morastoni.
Depois a audiência pública foi marcada pela explanação dos aspectos técnicos da barragem. A obra foi apresentada com ilustrações pelo engenheiro Sérgio Juk e o Plano Básico Ambiental foi explicado pelo oceanógrafo Fernando Diehl. A barragem ficará a menos de 300 menos da Estação de Tratamento de Água do São Roque e contará com 8 comportas que só serão fechadas em caso de salinidade no leito do rio. “Em situação normal da água as comportas ficarão levantadas permitindo o fluxo natural do Itajaí-Mirim”, explica Juk. “Durante 18 meses nós estaremos monitorando todos os possíveis efeitos da barragem, desde influência da fauna e flora locais bem como a difusão das informações sobre o desenvolvimento das atividades desta obra”, destacou Diehl.
Aberto o prazo para inscrições de perguntas a comunidade participou e questionou alguns aspectos da obra. Entre as dúvidas mais comuns estava o local de construção e a eficiência da barragem. Os técnicos presentes e o diretor geral do Semasa são unânimes em dizer que o investimento resolverá de vez o problema da salinidade com o mínimo de impactos. O próximo passo agora é a publicação da ata da audiência no site do Semasa, prevista para esta quarta-feira. A seguir a comunidade que assinou a lista de presença da audiência terá 72 horas para discordar ou acrescentar algum detalhe da reunião. Depois o documento será encaminhado às entidades ambientais. O Semasa aguarda a liberação dos recursos garantidos pelo Ministério da Integração Nacional na ordem de R$ 3 milhões e 200 mil reais. A complementação do investimento será feita com recursos próprios da autarquia. A previsão é de que a primeira etapa da obra que já deverá conter a cunha salina esteja pronta em 60 dias, após o início da obra. A conclusão total da barragem deve ser antes do final do ano.
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