Prefeito apresenta medidas para reverter os efeitos da estiagem

Quarta, 19 de julho de 2006, 18h34

Além da barragem no Rio Itajaí-Mirim, também serão construídas uma nova Estação de Tratamento e uma adutora que levará água para a Estação de Tratamento do Arapongas.

O prefeito Volnei Morastoni apresentou o canteiro de obras da barragem que conterá o avanço da cunha salina em Itajaí. A obra, que tem início previsto para segunda-feira (24/07), deverá ficar pronta em 60 dias. “Só estamos dependendo de alguns últimos acertos para começar os trabalhos”, explicou Morastoni.

Em entrevista coletiva realizada hoje (19/07), na Estação de Tratamento de Água do São Roque, tanto o prefeito quando o diretor geral do Semasa, Marcelo Sodré, foram categóricos ao afirmar que o Governo Municipal não poupa esforços para resolver os problemas que a estiagem ocasionou ao município. Sodré enfatizou: “A obra que devemos iniciar na segunda-feira é fruto de um trabalho incansável realizado desde que começou esta crise. Tivemos que correr para garantir os recursos federais e elaborar o projeto de uma barragem que realmente resolvesse o avanço da cunha salina, o que leva tempo”.

Volnei Morastoni assegurou que os investimentos necessários para as obras e ações que visam reverter os efeitos nocivos da estiagem já estão assegurados: “Toda a Prefeitura Municipal de Itajaí está sendo mobilizada para que juntos conquistemos uma água de boa qualidade para todos”, garantiu o prefeito. Foram apresentados também os projetos de uma nova Estação de Tratamento - que aumentará a produção em 38%, e “garantirá o abastecimento de água pelos próximos 15 anos”, afirmou o diretor geral do Semasa - e uma adutora de cinco quilômetros que levará água do Rio Itajaí-Mirim para a Estação de Tratamento do Arapongas.

O diretor de Educação Ambiental e Unidades de Conservação da Famai, Fabrício Estevo da Silva, apresentou um estudo apontando que a estiagem ainda não chegou ao fim, e que o índice pluviométrico ainda permanecerá abaixo da média por alguns meses: “Estamos vivendo uma ocorrência mais acentuada do La Niña, um evento cíclico que ocorre em um determinado período de tempo. A última vez que isso ocorreu foi há 30 anos atrás”, explicou Estevo.

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