Pico de turbidez impacta abastecimento de água para Itajaí e Navegantes

Sexta, 01 de março de 2024, 18h59

Os reservatórios de água potável do sistema que abastece Itajaí e Navegantes estão em nível crítico por volta das 18h desta sexta-feira (1º). O desabastecimento ocorre em toda a área urbana de ambos os municípios e é causado por um pico de um turbidez que desceu o canal retificado do rio Itajaí-mirim, onde é realizada a captação de água bruta.

A principal Estação de Tratamento de Água (ETA) de Itajaí, localizada no bairro São Roque, está operando em cerca de 70% de sua capacidade, mesmo com a turbidez mais de 30 vezes acima do recomendado para a operação regular. Esta quantidade é insuficiente para superar o consumo e encher novamente os reservatórios. A economia de água por parte da população é o fator decisivo para a normalização mais rápida da distribuição.

Os boosters (bombas de recalque) da área urbana de Itajaí, responsáveis por enviar a água tratada às regiões mais altas, permanecem operacionais, mas podem entrar em desligamento automático a qualquer momento em virtude da baixa pressão da rede de distribuição.

O quadro de turbidez excessiva no ponto de captação do Semasa, no canal retificado do rio Itajaí-mirim, atingiu o ponto máximo às 16h de hoje, com um pico de 3.180 NTU (unidades de turbidez). O valor limite para o funcionamento correto de um sistema convencional de tratamento é 100 NTU. A redução da produção nas ETAs São Roque e Arapongas está relacionada à necessidade de constantes interrupções para limpeza.

Os principais reservatórios de Itajaí, na ETA São Roque, estão em menos de 10% da capacidade, enquanto Arapongas apresenta nível próximo dos 27%. Cabeçudas ainda possui 70% de preenchimento, mas Morro da Cruz está em apenas 13% e Morro Cortado 7%. Com a chegada do horário de pico de consumo, que vai até 22h, a expectativa é de esvaziamento total.

Não há relatos de problemas nos sistemas rurais isolados, como Limoeiro e Brilhante. O Semasa não possui uma estimativa de normalização total da distribuição de água potável em todas as regiões porque neste momento o principal fator determinante da velocidade da recuperação é o consumo.

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